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Falta de fonoaudiólogo atrapalha tratamento e prejudica pacientes infantis em Nova Odessa 66sg

Denúncia traz à tona a ausência de um planejamento estratégico para lidar com a área de reabilitação fonoaudiológica, que é essencial para o desenvolvimento da fala, da deglutição e da comunicação 296i1j

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Hospital Municipal de Nova Odessa é acusado de negligência e omissão no atendimento

Moradores de Nova Odessa, especialmente mães de crianças em tratamento e cuidadores de pacientes vulneráveis, estão reclamando de um problema grave: a ausência de acompanhamento fonoaudiológico adequado na rede pública de saúde da cidade.
A situação levou o vereador André Faganello (Podemos) a apresentar o Requerimento 330/2025 na Câmara Municipal, exigindo respostas da Prefeitura sobre o atual estado do setor de Fonoaudiologia.
Segundo relatos recebidos pelo parlamentar, há uma preocupante falta de profissionais fonoaudiólogos para atender à demanda da população, especialmente no atendimento infantil e em casos que exigem acompanhamento especializado, como pacientes que utilizam sonda alimentar (gastrostomia ou nasogástrica).
O vereador recebeu inúmeras queixas de mães aflitas com a interrupção dos atendimentos e da ausência de fonoaudiólogas preparadas para lidar com quadros clínicos mais complexos, o que compromete diretamente o desenvolvimento das crianças e a saúde de pacientes em situação delicada.
No requerimento, Faganello cobra dados detalhados sobre o número atual de profissionais da área de Fonoaudiologia, incluindo funções e cargos, o tamanho da fila de espera por atendimento, principalmente entre o público infantil e os que possuem necessidades especiais, a existência de estudos ou planejamento para contratação de novos profissionais, dado o aumento da demanda, o número ideal de profissionais segundo diretrizes da saúde pública, considerando a população atual, levantamento específico sobre pacientes com sonda alimentar e necessidade de atendimento especializado e a previsão de contratação de fonoaudióloga com formação específica para esses casos.
A denúncia traz à tona a ausência de um planejamento estratégico para lidar com a área de reabilitação fonoaudiológica, que é essencial para o desenvolvimento da fala, da deglutição e da comunicação. A falta de uma fonoaudióloga especializada, por exemplo, impede a reabilitação adequada de pacientes com disfagia (dificuldade para engolir), muitos deles dependentes de sondas para alimentação.
“Meu filho tem autismo e depende do atendimento com fonoaudióloga para melhorar a comunicação. Sem esse e, ele está regredindo. Isso é desesperador”, contou uma mãe que não quis ser identificada.
A ausência de acompanhamento fonoaudiológico em casos delicados pode levar à piora no quadro clínico dos pacientes, além de impactar o desenvolvimento cognitivo, social e emocional, sobretudo entre crianças com transtornos do neurodesenvolvimento, como o espectro autista.
Segundo parâmetros da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Sistema Único de Saúde, a presença de profissionais de fonoaudiologia é essencial nas equipes multiprofissionais da atenção básica e especializada. A defasagem desses profissionais indica falha na gestão de saúde e o descumprimento de diretrizes nacionais de atenção integral.